Investir em energias renováveis, como solar e eólica, tornarão a região semiárida mais atraentes para produção de hidrogênio verde, que é uma das apostas mais fortes dos planos de retomada da zona do euro. Além disso, podem contribuir na solução das dificuldades socioeconômicas e ambientais do semiárido e ajudar na regeneração do rio São Francisco e na redução da pobreza da região.

Se forem interligadas as políticas de energia, abastecimento de água e geração de renda, os reservatórios do São Francisco, poderão funcionar como estoque de água se as outras fontes renováveis fornecerem a energia necessário para os  520 municípios da bacia, tendo efeito transformação no Nordestes, diz Sérgio Xavier, articulador político do CBC (Centro Brasil no Clima)

Sobre os pacotes de recuperação verde anunciados pela Alemanha, de €130 bilhões, e pela Comissão Europeia, de €750 bilhões. Annette Windmeisser, chefe da cooperação para o desenvolvimento sustentável da embaixada Alemanha, diz que não lembra ter visto uma iniciativa tão forte nesse sentido.

A Alemanha aposta no hidrogênio verde para descarbonizar a indústria química, de cimento e siderúrgica. A estimativa é que consiga atender apenas 11% da demanda interna de hidrogênio verde e terá que comprar o restante, diz Annette.

Para produzir hidrogênio verde é preciso muita energia, e não pode ser fóssil. Para isso, A Alemanha, que quer se tornar fornecedor mundial de tecnologias verdes a hidrogênio, terá que importar o combustível de outros países, que produzam com base renovável e o território Nordestino é um lugar que pode acontecer.

O país investirá €9 bilhões, sendo que €2 bilhões serão investidos em parcerias com outros países.

O estado do Ceará tomou a dianteira e já apresentou o projeto de uma usina com investimentos australianos. Outros dois estados em potencial, que já estão estudando projetos são Bahia e Pernambuco.