Apesar da elevação do PLD em relação ao ano passado, o mercado de energia permanece com o fluxo de migração intenso de consumidores para o mercado livre. De janeiro a junho deste ano, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE registrou 895 adesões de empresas para o Ambiente de Contratação Livre – ACL, uma média de 149 por mês, sendo 91% de consumidores especiais e 9% de consumidores livres.
As empresas com demanda entre 500 KW e 3MW, classificadas como consumidores especiais, continuam impulsionando a evolução do mercado livre. Com 817 adesões, esta classe de agentes já representa 61,8% dos associados da CCEE (4.017). Vale destacar que em dezembro de 2014, eram 1.206 empresas, o que significa um crescimento de 233%. Por sua vez, os consumidores livres, que são empresas com demanda superior a 3MW, tiveram 78 migrações e alcançaram a marca de 865 agentes na CCEE.
O elevado número de migrações mantém a tendência de evolução do mercado livre, que teve seu crescimento recorde em 2016. Se a média do primeiro semestre de 2017 (149) registra uma desaceleração em relação ao segundo semestre do ano passado, quando foram 263 adesões por mês, há um aumento de 24% quando comparado com os primeiros seis meses de 2016, visto que foram 120 adesões por mês.
Maior representatividade no consumo
Além do crescimento do número de agentes, o mercado livre também tem ampliado sua representatividade no consumo de energia do Sistema Interligado Nacional – SIN. Segundo dados do InfoMercado Semanal Dinâmico (acesse aqui), o consumo no ACL significou 30% do total registrado de 1º a 27 de junho de 2017 (17.368 MW médios de 57.877 MW médios). No mesmo período de 2016, o mercado livre representava 26% do consumo (15.124 MW médios de 57.750 MW médios).