Para diminuir os impactos do custo de energia em 2022, o Ministério de Minas e Energia irá antecipar R$ 9 bilhões em recursos da capitalização da Eletrobras. Mesmo assim, a conta para o consumidor ainda continuará pesando pela falta de água nos reservatórios nas hidrelétricas e pelo acionamento das térmicas e outra medidas tomadas para garantir o fornecimento de eletricidade. Do valor total, a hidrelétrica de Itaipu Binacional vai antecipar R$ 3 bilhões em 2022 . A medida foi determinada pelo governo e confirmada pela estatal.
Isso dependerá dos recursos que virão para redução das parcelas da dívida de US$600 milhões, que deixa de existir no próximo ano. Com a medida, os consumidores pagarão menos às distribuidoras que estão conectadas e que pagam cota da produção da Itaipu. Em 2023 mais US$ 1,4 bilhão será amortizado e em 2024 a dívida é finalizada com um residual de cerca de US$ 200 milhões.
Outros R$ 5 bilhões serão usados para reduzir encargos pagos pelos consumidores. O R$ 1 bilhão restante virá da prorrogação do Proinfa (Art. 23 da Lei 14.182, de 2021). Segundo o MME, em decorrência da situação hídrica, contratos indexados ao IGP-M, alta do câmbio, o ministério visa mitigar o cenário.
A medida vem depois de o governo anunciar a criação da bandeira tarifária ‘escassez hídrica’ de R$ 14,20 por 100 kWh em decorrência da crise hídrica, que vai provocar um aumento de 6,78% na tarifa média dos consumidores regulados.