A criação de instrumentos regulatório capazes de garantir o adequado financiamento do setor elétrico fez presente em uma das falas do CEO da Neoenergia, Mario Ruiz-Tagle, durante o evento da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) na última quarta-feira, 25 de setembro, em Brasília.
O executivo ressaltou que é preciso atrair o interesse de investidores e convencê-los da rentabilidade dos projetos que irão garantir a expansão do sistema elétrico brasileiro. Na opinião de Ruiz-Tagle, a atração de investimentos para o setor elétrico brasileiro passa pela construção de uma regulação que garanta estabilidade, transparência e retornos adequados.
“O sucesso e crescimento do mercado passarão por conseguirmos os recursos para construir os projetos que atenderão ao aumento da demanda”, disse Ruiz-Tagle, segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da Neonergia.
Ruiz-Tagle lembrou, ainda, que o segmento de distribuição de energia vive uma fase de transformação, com a expansão do mercado livre – cujos limites de consumo serão reduzidos gradualmente nos próximos anos. No entanto, reforçou que o mercado regulado irá existir por muito tempo.
O mundo passa por um processo de digitalização, no qual a eletrificação da economia é fundamental. Portanto, afirmou o executivo, é necessário investir nas redes de distribuição e na digitalização – processo este que ampliará a demanda por energia.
“As redes consistem na espinha dorsal dessa transformação digital em curso e de todas as mudanças do setor. Precisamos assegurar investimentos para ampliar e digitalizar a rede de distribuição”, afirmou Ruiz-Tagle.
Controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, a Neoenergia possui ativos no Brasil nos mercados de distribuição, geração, transmissão e comercialização de energia. Suas quatro distribuidoras de energia atendem a cerca de 14 milhões de clientes.
Na área de transmissão de energia, o grupo Neoenergia possui três empreendimentos em operação (679 km de extensão) e 10 em construção (4,7 mil km). Em energia eólica, a Neoenergia possui 17 parques eólicos em operação (516 MW de capacidade) e outros 15 estão em construção (com mais 471 MW de capacidade). Já em geração hidrelétrica, os números são: seis usinas em operação e uma em construção, um total de 3.000 MW dos quais apenas 10% ainda em implementação. O grupo possui ainda termelétrica a gás natural de 533 MW. Destaque também para a comercialização de energia, que em 2018 cresceu 10%, com a venda de 1,5 GW médios, acompanhando a tendência de ampliação do mercado livre.
Fonte: Canal Energia – 26.09.2019